Feriadão chegou! E brasileiros que somos, encontramos o nosso jeitinho de curtir o Carnaval com segurança, muito entretenimento e muita cultura. Então, se liga nesse folia de conhecimento da Uningá e confira as dicas incríveis que preparamos para você espantar o tédio e aproveitar para aprender.
Conheça o livro “O País do Carnaval’, de Jorge Amado
A literatura também dá samba! Prova disso é Jorge Amado que carnavalizou o carnaval. Em “O País do Carnaval“, primeiro romance do autor, lançado em 1931, Paulo Rigger é um brasileiro que não se identifica com sua própria terra.
Influenciado pela a cultura europeia, o protagonista, depois de ter estudado 7 anos na Europa, retorna ao Rio de Janeiro e, entre pessimismo e a folia carioca, tenta compreender que país é esse. Um povo que vive os resquícios do atraso oligárquico enquanto a era industrial e urbana se expande. Cultura popular, política, amor, filosofia e crise existencial fazem parte do enredo que leva o jovem Rigger a percorrer um cenário de brutalidades e celebrações.
Não se aguenta de curiosidade para saber como essa história termina? Aproveita o feriado para curtir o romance de um dos maiores escritores brasileiro.
Ouça a marchinha “Dá Nela”, de Ary Barroso
O que é o Carnaval sem uma boa marchinha, não é mesmo? Já prepara o som que lá vem música e história. Em 1930, às voltas com a dificuldade financeira, Ary Barroso decidiu participar de um concurso musical promovido pela Casa Edson. Às presas, Ary se inspirou em um incidente de rua em que populares ameaçavam bater em uma mulher e compôs a marchinha “Dá nela“. A música conquistou o 1º lugar do concurso, caiu no gosto do povo e foi hit do carnaval de 30.
Curiosidade quentíssima para você! Essa música é citada em diversas passagens do romance “O País do Carnaval”. Jorge Amado aproveita o mote para criticar a violência contra a mulher. Não podemos desconsiderar o contexto histórico – há um tom extremamente machista na marchinha de Ary:
“Fala, língua de trapo
Pois da tua boca
Eu não escapo”
Mas o compositor Zé Baião não deixou barato. Com a paródia “Dá nele“, Zé, que participou do mesmo concurso, mostrou seu descontentamento:
“Ela não teme
Que chames “língua de trapo”
Pois que o povo conhece
As maldades do farrapo”
Pensa que Ary ficou chateado? Que Nada! Ele ficou muito engrandecido, pois Zé Baião era uma de suas grandes inspirações. Ouça a marchinha de Ary Barroso aqui.
Assista Alô, Alô, Carnaval, do diretor Adhemar Gonzaga
E Carnaval também é comédia! Por isso, seguimos embalo na folia de 1930 e trouxemos mais uma indicação da mesma década. A comédia musical “Alô, Alô, Carnaval“, de 1936, dirigida por Adhemar Gonzaga, apresenta ao telespectador o rico cenário da fase de ouro do rádio brasileiro.
Com 23 números musicais, performances como a de Carmen Miranda, Oscarito e Jaime Costa são apresentadas ao grande público. Cheio de graça, o filme é uma crítica social que perpassa o tempo e ainda hoje dialoga com a nossa realidade.
Esse filme dá muito pano pra manga para você conhecer um pouco mais da história do Brasil, apreciar um bom Carnaval e ter muito assusto para compartilhar com a galera. Gostou? Assista aqui.
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