O segundo dia do Simpósio “Neuroverso: o cérebro e sua diversidade” foi realizado nesta quarta-feira (28), no Anfiteatro Darcy Ribeiro, como parte de uma parceria acadêmica simbólica entre a UNINGÁ e a Universidade Estadual de Maringá (UEM). Essa união entre instituições representa não apenas o fortalecimento da produção e do intercâmbio de conhecimento científico, mas também um compromisso conjunto com a valorização da diversidade humana, inclusão e construção de práticas formativas mais sensíveis às múltiplas formas de aprendizagem e desenvolvimento.
A programação reuniu profissionais de diversas áreas do conhecimento, cujas abordagens dialogaram diretamente com os desafios e as potencialidades da neurodiversidade. A psicomotricidade foi abordada por Fernanda Piasecki Fazolli, que destacou sua relevância como instrumento de inclusão por meio de atividades físicas adaptadas, capazes de estimular o desenvolvimento global de crianças e adultos com neuroatipias.
As práticas integrativas e complementares em saúde (PICS) também ganharam espaço com Josane Rosenilda da Costa, que falou sobre a aplicação da aromaterapia e da auriculoterapia no cuidado de pessoas neuroatípicas, enfatizando sua utilidade ao longo de todas as fases da vida.
Com foco no aspecto emocional e relacional, Carla Trindade apresentou reflexões sobre a psicoterapia, evidenciando como a escuta clínica e o acompanhamento psicológico são fundamentais no apoio ao desenvolvimento social e afetivo de pessoas neurodivergentes.
A alimentação e o uso de suplementos nutricionais foram tratados por Keli Moreira, que ressaltou a importância de estratégias nutricionais específicas no manejo das neuroatipias, contribuindo para o bem-estar e a qualidade de vida.
A musicoterapia, por sua vez, foi apresentada por Sheila Cristina Escudeiro Hernandes Dias como uma ferramenta potente de intervenção, promovendo estímulos sensoriais, cognitivos e emocionais por meio da música, com efeitos positivos no tratamento de diferentes condições neurodivergentes.
O encontro evidenciou o valor do diálogo aberto e da construção coletiva de saberes, lançando luz sobre a urgência de transformar compreensões em ações concretas. Mais do que um espaço de troca, foi um chamado à responsabilidade coletiva na consolidação de práticas que respeitem e sustentem a complexidade humana em todas as suas formas.